Na semana que antecedeu a segunda e decisiva partida do
Candangão 2016, o goleiro do Luziânia, Edmar Sucuri, não escondia o sentimento:
quanto menos eu aparecer, melhor para o time, que passaria por menos situações
de perigo para o Azulino. O arqueiro, que tivera muito trabalho no primeiro
jogo, apareceu ainda mais na tarde deste sábado. Sua atuação foi fundamental
para que o Ceilândia não conseguisse marcar um gol sequer, graças às grandes
defesas efetuadas nos 90 minutos.
A estrela do técnico Ricardo Antônio voltou a
brilhar na segunda partida. O treinador lançou Tatuí, talismã do time goiano,
na metade do segundo tempo e viu o atacante marcar o gol da vitória por 1 a 0 e
conquistar o segundo título candango de sua história, repetindo a façanha de
2014 e dando o troco nos adversários, que sagraram-se campeões justamente em
cima do time goiano, na final do Candangão, em 2012.
- Conseguimos trabalhar bem diante de um adversário que joga
muito bem usando as bolas aéreas e conseguimos sair desse sufoco. Ficamos
felizes de trabalhar com escolhas tão bem feitas e saímos coroados com esse
grande título - analisou o técnico Ricardo Antônio, que também esteve à frente
do Azulino na conquista de 2014
- É muita felicidade. Graças a Deus tenho tido a
oportunidade de entrar bem e ajudar meus companheiros. Hoje não foi diferente,
estou muito feliz - ponderou o atacante Tatuí, autor do tento que deu a vitória
ao Luziânia.
- Vamos colocar os pés no chão e pensar no próximo
campeonato. Todo mundo sabe do nosso trabalho e do nosso esforço. Muita gente
não acreditava em nós, mas basta olhar para esta torcida maravilhosa, que está
vibrando muito para saber que conseguimos. Temos que agradecer muito ao professor
Ricardo (Antônio), que é um paizão para esse time e o presidente Daniel
(Vasconcelos) - afirmou o zagueiro Perivaldo, outro remanescente da conquista
do Candangão em 2014.
o jogo
A partida deste sábado teve enredo semelhante ao confronto
do último final de semana. Precisando de vencer por dois gols para, ao menos,
levar o jogo para a decisão por pênaltis, o Ceilândia se lançou ao campo de
ataque, apesar da formação tática defensiva que pretendia, principalmente, não
sofrer mais gols e complicar ainda mais a missão de conquistar o título
candango.
Valente, o Gato Preto criou grandes oportunidades na etapa
inicial. Logo aos quatro minutos, Kabrine invadiu a área e bateu cruzado.
Ligado no lance, Edmar Sucuri começou a destilar seu repertório de boas
defesas. Aos 21, foi o zagueiro Sandro, em cobrança de falta, fazer com que o
arqueiro do time goiano voltasse a trabalhar. O Gato Preto ainda chegaria com
perigo em outras duas oportunidades, sempre esbarrando na boa atuação do
goleiro do Luziânia. A única chance clara do Azulino veio aos 39 minutos, em
cobrança de falta de Thompson, no último momento de perigo do primeiro tempo.
Com o decorrer do segundo tempo, tanto Adelson de Almeida, quanto Ricardo Antônio passaram a promover mudanças em seus elencos. Pelo Ceilândia, a intenção era sair mais para o jogo, buscando o gol que poderia mudar os rumos da partida. O Azulino, por sua vez, procurava deixar o jogo veloz, em busca do tento que poderia sepultar as chances do Ceilândia de conquistar o título candango. A exemplo do que ocorrera no primeiro jogo, foi um atleta vindo do banco que definiu a partida. Tatuí, que entrara pouco antes, puxou contra-ataque rápido aos 43 minutos. Ele ainda trocou passes com um companheiro, antes de dar um tapa sutil na saída de Léo Potro, garantindo a vitória e o título do Luziânia.
Maioria no estádio Mané Garrincha, a torcida do Luziânia sequer esperou o apito final para soltar o grito de “é campeão”. Os primeiros gritos, ainda tímidos, começaram a ser ouvidos pouco antes do gol da vitória, com 39 minutos decorridos da etapa complementar. Ao Ceilândia, sobraram as provocações e gritos de vice-campeão.
Fonte:Globo Esport
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