O sucateamento da Universidade Estadual de Goiás (UEG)
ganhou novo e estarrecedor capítulo essa semana. O governo estadual autorizou a
contratação de 102 professores em caráter temporário. Até aí, não há novidade,
já que a gestão do governador Marconi Perillo (PSDB) não realiza concursos públicos.
O que mais impressiona, porém, é o salário oferecidos aos professores
universitários: R$ 1 mil reais. No total, os gastos com os novos professores
não podem ultrapassar R$ 102 mil reais mensais.
Para um governo que elimina com conquistas históricas dos
professores, não cumpre a data-base e sonega o piso nacional da categoria
estabelecido por lei, não chega a ser novidade os contratos precários com
salários ruins (os professores do ensino médio recebem salários até
inferiores). Ainda assim, anunciar a contratação de professores universitários
oferecendo salários de R$ 1 mil reais atenta contra a própria Educação.
Qual a motivação de um professor em uma sala de aula diante
de tamanha desvalorização? Como a Universidade encontrará profissionais qualificados
com uma proposta tão absurda? Enfim, a educação proporcionada pelo governo de
Goiás, média e superior, está no fundo do poço. E sem
perspectivas de sair
dele.
Por Wendell Che
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