sexta-feira, 5 de maio de 2017

Auxílio-alimentação dos vereadores do Recife é reajustado para R$ 4,5 mil

Apesar do aumento, os 39 parlamentares não precisam prestar contas dos gastos. O valor não é descontado do contracheque bruto de R$ 15 mil dos legisladores
A partir deste mês, os 39 vereadores do Recife receberão R$ 1,5 mil a mais para gastos com alimentação. Em sessão realizada no dia 26 de abril, os parlamentares da capital aprovaram um projeto de lei aumentando o benefício de R$ 3 mil para R$ 4,5 mil. O impacto do incremento para os cofres públicos será de R$ 702 mil ao ano. A decisão, publicada no Diário Oficial do último sábado (29), vai de encontro a uma política de contenção de gastos que havia sido anunciada pela atual mesa diretora no início do ano.

"Um grupo de vereadores procurou a mesa e argumentou que o benefício estava sem reajuste desde 2008", disse Marco Aurélio (PRTB), responsável pelas finanças da Casa de José Mariano. Ainda segundo ele, o fato de os parlamentares terem aberto mão do reajuste nos próprios salários (decisão tomada no fim do ano passado) também foi utilizado como justificativa para o aumento do auxílio-alimentação.

Questionado se a medida seria uma forma de compensar as demais medidas anunciadas no início do ano, Marco Aurélio afirmou que as economias feitas desde o início do ano foram maiores que o reajuste no auxílio. Em março, foi anunciada uma redução de 195 cargos comissionados (sendo cinco em cada um dos 39 gabinetes), o que, segundo a Câmara, deve gerar economia de R$ 3,6 milhões ao ano. "Também acabamos com um contrato para divulgar as ações da Casa nos ônibus que circulam do Recife, que tinha um custo de R$ 70 mil por mês", lembrou.

Transparência

Conforme revelou o Diario de Pernambuco em junho de 2016, apesar do alto valor recebido, os vereadores do Recife não precisam prestar contas dos gastos por meio de notas fiscais. Os parlamentares podem destinar o que acharem adequado entre as duas modalidades disponíveis: refeição, para uso do legislador em restaurantes, e alimentação, na qual são contabilizados gastos em supermercado para uso exclusivo no gabinete. Vale salientar que cada gabinete pode ter, no máximo, 18 assessores.

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