Familiares cobram investigação de casos de parentes que
sumiram no estado.
Delegado diz que na maioria das situações o desaparecimento
não é crime.
Mais de 3 mil casos desaparecimento foram registrados em Goiás
no ano passado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública e
Administração Penitenciária (SSPAP). Parte destes casos continuam sem solução e
os familiares buscam por respostas. Entre as vítimas está Silvânia Maurício
Araújo, que está grávida de oito meses e sumiu há 13 dias em Aparecida deGoiânia, na Região Metropolitana da capital.
“É agoniante ficar neste sofrimento, Ninguém viu nada,
ninguém sabe de nada, isso está muito estranho e eu quero uma resposta”,
desabafou.
A Polícia Civil informou que as investigações sobre o
desaparecimento da grávida continuam, mas estão em segredo de Justiça.
Entre as famílias que buscam uma resposta está a do menino Emivaldo Brayon, de 4 anos de idade. Ele desapareceu dentro da própria casa
enquanto todos dormiam. No próximo domingo (5) completa 3 anos do desaparecimento
da criança. O caso foi arquivado por falta de provas.

A Polícia Civil informou que pretende montar um banco de
dados com informações seguras sobre desaparecidos para facilitar as buscas em
todo o estado. De acordo como titular da Delegacia Estadual de Investigações
Criminais (Deic), Valdemir Pereira da Silva, a maioria dos mais de 3 mil casos
de desaparecimentos registrados no ano passado não é criminosa.
Ele afirma que assim que houver a suspeita de que alguém
está em risco, a Polícia Civil deve ser acionada para início imediato das
investigações. “Sentiu falta do parente,
houve aquela quebra de rotina? Era pra voltar em tal horário e não voltou? Deve
procurar a delegacia mais próxima e elaborar o boletim de ocorrência”, alertou.
Final triste
Alguns casos de desaparecimento terminam com triste desfecho
para a família. Na semana passada a polícia encontrou o corpo da menina Ana
Clara Pires Camargo, de 7 anos, ela ficou desaparecida por cinco dias. O
suspeito de raptar a criança e matá-la foi morto em um confronto com a Polícia
Militar.
O mesmo sofrimento foi vivido pelos familiares da costureira
Naiara Saraiva Barra, de 22 anos. Ela foi encontrada morta em uma mata uma
semana após sair para trabalhar no Setor Recanto do Bosque, na região noroeste
da capital.
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