sábado, 4 de março de 2017

Mais de 3 mil pessoas desapareceram em 2016 em Goiás segundo pesquisa



Familiares cobram investigação de casos de parentes que sumiram no estado.
Delegado diz que na maioria das situações o desaparecimento não é crime.
Mais de 3 mil casos desaparecimento foram registrados em Goiás no ano passado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP). Parte destes casos continuam sem solução e os familiares buscam por respostas. Entre as vítimas está Silvânia Maurício Araújo, que está grávida de oito meses e sumiu há 13 dias em Aparecida deGoiânia, na Região Metropolitana da capital.

A irmã dela, Maria do Carmo Araújo, pede agilidade nas investigações. A família mora no Tocantins e viajou para a capital para buscar informações sobre o desaparecimento. De acordo com a polícia, a mulher foi vista pela última vez no último dia 18, quando pegava carona em uma moto na porta de uma boate no Jardim Tiradentes.


“É agoniante ficar neste sofrimento, Ninguém viu nada, ninguém sabe de nada, isso está muito estranho e eu quero uma resposta”, desabafou.
A Polícia Civil informou que as investigações sobre o desaparecimento da grávida continuam, mas estão em segredo de Justiça.

Entre as famílias que buscam uma resposta está a do menino Emivaldo Brayon, de 4 anos de idade. Ele desapareceu dentro da própria casa enquanto todos dormiam. No próximo domingo (5) completa 3 anos do desaparecimento da criança. O caso foi arquivado por falta de provas.


Há duas semanas familiares procuram pistas de Thayná Ferreira Alves de 21 anos, que desapareceu em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com a polícia, o padrasto da menina esteve comela na tarde em que a jovem sumiu. O homem disse à polícia que a deixou em um ponto de ônibus na BR-040. O caso continua sendo investigado.

A Polícia Civil informou que pretende montar um banco de dados com informações seguras sobre desaparecidos para facilitar as buscas em todo o estado. De acordo como titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Valdemir Pereira da Silva, a maioria dos mais de 3 mil casos de desaparecimentos registrados no ano passado não é criminosa.

Ele afirma que assim que houver a suspeita de que alguém está em risco, a Polícia Civil deve ser acionada para início imediato das investigações.  “Sentiu falta do parente, houve aquela quebra de rotina? Era pra voltar em tal horário e não voltou? Deve procurar a delegacia mais próxima e elaborar o boletim de ocorrência”, alertou.

Final triste

Alguns casos de desaparecimento terminam com triste desfecho para a família. Na semana passada a polícia encontrou o corpo da menina Ana Clara Pires Camargo, de 7 anos, ela ficou desaparecida por cinco dias. O suspeito de raptar a criança e matá-la foi morto em um confronto com a Polícia Militar.

O mesmo sofrimento foi vivido pelos familiares da costureira Naiara Saraiva Barra, de 22 anos. Ela foi encontrada morta em uma mata uma semana após sair para trabalhar no Setor Recanto do Bosque, na região noroeste da capital.

Nenhum comentário: