segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Luziânia aguarda julgamento de recurso para conhecer novo prefeito

Cristóvão Tormin obteve 39.660 mil votos e garantiu 718 de frente em relação a Marcelo Melo (PSDB), que ficou com 38.942
A eleição em uma das maiores cidades goianas não foi definida com o término da apuração dos resultados nas urnas. Em Luziânia, na região do entorno do Distrito Federal, Cristóvão Tormin (PSD), foi o mais votado, mas como está com a candidatura indeferida e depende da Justiça Eleitoral para confirmar se será ou não vitorioso.

Em Luziânia, Tormin obteve 39.660 mil votos e garantiu 718 de frente em relação a Marcelo Melo (PSDB), que ficou com 38.942. Mesmo que Marcelo tenha aparecido como vencedor, haverá a necessidade de novas eleições caso a candidatura seja impugnada de forma definitiva. 

Segundo Alexandre Tavares, mestre em Direito Eleitoral, uma alteração na legislação, feita em 2015, retira a vantagem dos candidatos que ocupam a 2ª colocação. Assim, caso a situação não seja resolvida até a data da posse - 1º de janeiro do próximo ano -, o presidente da Câmara dos Vereadores se tornará o prefeito em exercício, cargo em que permanecerá até que novas eleições sejam convocadas. “Caso os candidatos consigam reverter a situação, eles são considerados eleitos imediatamente”, explica. 

Atual prefeito de Luziânia, Cristóvão e os candidatos avereador pelo PSD tiveram o registro de candidatura indeferido devido a fraude na assinatura da ata de convenção da coligação. Segundo a decisão da Justiça Eleitoral, o próprio candidato teria forjado a assinatura da secretária do partido.

Com 100% dos votos apurados na cidade, o peessedebista conquistou 38.942 votos, totalizando 83,97% do total válido. Augustinho do PSOL terminou a disputa na segunda posição com 16,03%, obtendo 7.435 votos.
  •  Indefinido

Com a situação inusitada nas eleições municipais em Luziânia, houve comemoração em dois lados do pleito, segundo o candidato Marcelo Melo (PSDB). Confiante na manutenção do indeferimento da candidatura de Cristóvão Tormin (PSD) por parte da Justiça Eleitoral, o tucano afirmou que a celebração pelos votos recebidos foi feita com cautela, mas com a consciência de que a escolha dos eleitores pelo seu nome representam vontade de mudança por parte da população.

Mesmo ciente de que a determinação pela cassação da candidatura do adversário representaria a convocação de um novo pleito municipal, Melo argumenta que as diferentes interpretações acerca do caso podem levar em consideração a quantidade de votos recebida por ele pelo candidato Augustinho do PSOL (PSOL), que, juntos, obtiveram mais de 50% dos votos válios no pleito - Augustinho recebeu votos de 7.435 eleitores.

“Nossa expectativa é de que a decisão da Justiça Eleitoral se mantenha, por ter sido uma falta grave (a de Cristóvão). Nós confiamos que a justiça será feita e que nos próximos dias teremos uma decisão sobre isso”, afirmou Melo.

Revelando ansiedade pela decisão final da eleição, o peessedista afirmou ter recebido apoio nas ruas após o término da apuração e explicou que a situação na cidade é de curiosidade com a indefinição, pois, segundo ele, grande parte da população compreende que ainda não há prefeito eleito, mas não sabe como a definição ocorrerá.


Atual prefeito de Luziânia, o candidato Cristóvão Tormin (PSD) não foi encontrado pela reportagem. Ele entrou com recurso que deve ser julgado ainda nesta semana.

Fonte: Jornal Opopular

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