Cristóvão Tormin obteve 39.660 mil votos e garantiu 718 de
frente em relação a Marcelo Melo (PSDB), que ficou com 38.942
A eleição em uma das maiores cidades goianas não foi
definida com o término da apuração dos resultados nas urnas. Em Luziânia, na
região do entorno do Distrito Federal, Cristóvão Tormin (PSD), foi o mais
votado, mas como está com a candidatura indeferida e depende da Justiça Eleitoral
para confirmar se será ou não vitorioso.
Em Luziânia, Tormin obteve 39.660 mil votos e garantiu 718
de frente em relação a Marcelo Melo (PSDB), que ficou com 38.942. Mesmo que
Marcelo tenha aparecido como vencedor, haverá a necessidade de novas eleições
caso a candidatura seja impugnada de forma definitiva.
Segundo Alexandre Tavares, mestre em Direito Eleitoral, uma
alteração na legislação, feita em 2015, retira a vantagem dos candidatos que
ocupam a 2ª colocação. Assim, caso a situação não seja resolvida até a data da
posse - 1º de janeiro do próximo ano -, o presidente da Câmara dos Vereadores
se tornará o prefeito em exercício, cargo em que permanecerá até que novas
eleições sejam convocadas. “Caso os candidatos consigam reverter a situação,
eles são considerados eleitos imediatamente”, explica.
Atual prefeito de Luziânia, Cristóvão e os candidatos avereador pelo PSD tiveram o registro de candidatura indeferido devido a fraude
na assinatura da ata de convenção da coligação. Segundo a decisão da Justiça
Eleitoral, o próprio candidato teria forjado a assinatura da secretária do
partido.
Com 100% dos votos apurados na cidade, o peessedebista
conquistou 38.942 votos, totalizando 83,97% do total válido. Augustinho do PSOL
terminou a disputa na segunda posição com 16,03%, obtendo 7.435 votos.
Com a situação inusitada nas eleições municipais em
Luziânia, houve comemoração em dois lados do pleito, segundo o candidato
Marcelo Melo (PSDB). Confiante na manutenção do indeferimento da candidatura de
Cristóvão Tormin (PSD) por parte da Justiça Eleitoral, o tucano afirmou que a
celebração pelos votos recebidos foi feita com cautela, mas com a consciência
de que a escolha dos eleitores pelo seu nome representam vontade de mudança por
parte da população.
Mesmo ciente de que a determinação pela cassação da
candidatura do adversário representaria a convocação de um novo pleito
municipal, Melo argumenta que as diferentes interpretações acerca do caso podem
levar em consideração a quantidade de votos recebida por ele pelo candidato
Augustinho do PSOL (PSOL), que, juntos, obtiveram mais de 50% dos votos válios
no pleito - Augustinho recebeu votos de 7.435 eleitores.
“Nossa expectativa é de que a decisão da Justiça Eleitoral
se mantenha, por ter sido uma falta grave (a de Cristóvão). Nós confiamos que a
justiça será feita e que nos próximos dias teremos uma decisão sobre isso”,
afirmou Melo.
Revelando ansiedade pela decisão final da eleição, o
peessedista afirmou ter recebido apoio nas ruas após o término da apuração e
explicou que a situação na cidade é de curiosidade com a indefinição, pois,
segundo ele, grande parte da população compreende que ainda não há prefeito
eleito, mas não sabe como a definição ocorrerá.
Atual prefeito de Luziânia, o candidato Cristóvão Tormin
(PSD) não foi encontrado pela reportagem. Ele entrou com recurso que deve
ser julgado ainda nesta semana.
Fonte: Jornal Opopular
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