Papelarias registram um aumento em torno de 70% nas vendas
de materiais escolares
Com as voltas as aulas as papelarias do entorno registraram
um aumento de 70% a mais nas vendas de materiais escolares referente aos últimos
três anos. Quem passou em frente às papelarias no centro da cidade, pode notar
o quanto estavam cheias. Numa papelaria do centro o movimento foi tanto, que a
equipe de TV local não teve como nem entrar para poder fazer a matéria.
Segundo uma gerente de loja, ela não esperava esse aumento
nas vendas, devido à incerteza sobre a distribuição dos kits escolares pela
prefeitura e que por conta dessa incerteza, teve que reforçar os estoques de
materiais e o quadro de funcionários aos poucos, para não tomarem prejuízos
como os últimos três anos.
No inicio dezembro a (CDL) Câmara de Dirigentes Lojistas de
Luziânia, entrou com pedido de liminar para suspender a licitação 25/2015 que
seria realizada no dia (01/12), após o TCM verificar irregularidades na compra
dos Kits escolares pela prefeitura. Segundo o TCM na licitação para compra dos
kits que seriam entregues no inicio do ano letivo de 2016, houve uma em aumento
de 328% a mais referente aos últimos três anos anteriores.
Segundo os comerciantes da maneira que vinha sendo praticada
a licitação pela prefeitura, estavam sendo beneficiadas somente as empresas de Goiânia,
sendo que essas empresas chegavam a cobrar cerca de 50% a mais do que as
empresas da própria cidade. Outro motivo desse favorecimento seria uma cláusula
no prazo de entrega. Na época a CDL questionou que faltaria dois meses para que
os lojistas pudessem providenciar a entrega de todo o pedido e que isso não justificaria
o favorecimento.
Com base nesses dados a Juíza Flávia Morais pediu de
imediato a anulação do procedimento licitatória para que todas as denuncias
fossem apuradas, alegando ainda fortes indícios de superfaturamento e um
possível dano irreparável aos cofres públicos do município. Ainda deu um prazo
de cinco dias para que a prefeitura desse explicações sobre licitação, mesmo assim
após o prazo, a Juíza manteve a suspensão da licitação, sobre o argumento de
que os documentos apresentados pela prefeitura não seriam suficientes, para esclarecer
os fatos apurados.
Na época o secretário de administração do município disse
que a prefeitura segue todos os parâmetros legais do edital, e que a prefeitura
ira recorrer da decisão da Juíza.
O caso ainda não foi julgado e a licitação segue suspensa.
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