sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

IML é alvo do Ministério Publico em Luziânia

IML de Luziânia
O Ministério Público de Goiás instaurou inquérito civil público para apurar irregularidades que envolvem o Instituto Médico-Legal (IML) de Luziânia, a fim de responsabilizar os responsáveis pela existência de corpos em decomposição expostos no pátio a céu aberto e dentro de veículos sem uso guardados no terreno da unidade.

Em visita feita à unidade foram constatadas outras irregularidades, tais como a precariedade e inadequação da estrutura física do IML aos fins institucionais do órgão, inoperância do equipamento de raio X por falta de servidor público capacitado para a tarefa e a falta de salas para evitar o contato pessoal entre vítima e agressor, em especial nos crimes sexuais. Será checada ainda a eventual ingerência indevida dos prepostos de empresas funerárias na administração do IML de Luziânia.

Providências
O MP requereu ao Corpo de Bombeiro Militar de Goiás inspeção nas dependências físicas do IML, no prazo de 30 dias. Uma inspeção técnica na estrutura física do prédio também deverá ser feita pelo Crea, no prazo de 30 dias.

Ao município de Luziânia, foi requerida a cópia dos alvarás de funcionamento, sanitário e ambiental emitidos em favor do 14° Núcleo Regional de Polícia Técnico-Científico de Luziânia. O MP quer também que o CRM faça uma fiscalização técnica a respeito dos serviços prestados na unidade, em especial aqueles à disposição de vítimas de violência sexual.

Foi requerida à Secretaria Municipal de Meio Ambiente cópia do laudo de vistoria realizada em 16 de dezembro último e informações sobre a existência de Estação de Tratamento de Esgoto própria na unidade.

Da Superintendência Goiana da Polícia Técnico-Científica, o MP quer informações sobre eventual existência de manual de biossegurança e rotinas dos serviços prestados nos IMLs do Estado. Em caso negativo, entretanto, o órgão deverá encaminhar a relação dos servidores do IML de Luziânia e informar os contratos e credenciamentos de servidores, listar os temporários, efetivos e comissionados, entre outros dados.


Assinam o documento os promotores de Justiça Julimar Alexandro da Silva, Suzete Prager Freitas, Mariana Paula, Janaína Costa Vecchia, Jean Cleber Zamperlini, Jefferson Rocha, Marina Mello Almeida e Denise Ferraz. (Cristiani Honório /Assessoria de Comunicação Social do MP-GO – Fotos: arquivo das Promotorias de Justiça de Luziânia)

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