Câmeras flagraram dois homens jogando material, em
Valparaíso de Goiás.
Publicações não são das redes municipal e estadual, dizem
secretarias.
Mais de 100 livros didáticos do 1º ao 5º ano do ensino
fundamental foram jogados em uma caçamba de entulhos em Valparaíso de Goiás, no
Entorno do Distrito Federal. Câmeras de segurança registraram o momento em que
dois homens deixaram o material, ainda lacrado, no local (veja vídeo acima).
As imagens foram gravadas no sábado (17), próximo à
Secretaria de Obras da cidade. Após o descarte, vários moradores recolheram
alguns livros. Parte do material, que ainda estava plastificado, foi retirado
por funcionários da prefeitura.
De acordo com a secretária de Obras de Valparaíso de Goiás,
Cynthia Borges, os livros não pertencem à rede municipal de ensino e o caso
será investigado pela polícia.
“Do ponto de vista da
educação, nós entendemos que poderia ter sido dada melhor finalidade. Poderia
ser doado a uma biblioteca ou para as escolas municipais”, disse a secretária.
Cynthia disse, ainda, que até agora a única irregularidade
está no local em que os livros foram descartados. “Foi cometido um erro ao
fazer isso em um container de entulho, que não é o local apropriado pra
descarte deste tipo de material”, comentou.
De acordo com ela, os livros foram encaminhados para análise
da coordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, que, segundo a
secretária, vai verificar se há algum erro didático no material. “Se não
houver, eles vão ver a possibilidade de reaproveitamento”, disse Cynthia.
Já a Subsecretaria Estadual de Educação, responsável pela
região de Valparaíso, informou à TV Anhanguera que não trabalha com livros do
1º ao 5º ano.
A empresa que fez a edição dos livros, por sua vez, afirmou
que o descarte não foi feito por seus representantes.
Entre o material didático descartado tinha uma coleção de
livros novos de matemática, português e ciências. A aposentada Maria de Souza
lamenta que os itens tenham sido desperdiçados desta forma. “Enquanto meus
netos não tem livro pra estudar, tem livro no lixo”, desabafa.
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