Ex-presidente teria conversado com peemedebista para pedir
apoio na aprovação de pacote e para frear impeachment
Luiz Inácio Lula da Silva mostrou preocupação com pedidos de
impeachment
Brasília – Em seu périplo por Brasília para ajudar Dilma
Rousseff a sair da crise, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva incluiu na
agenda uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). Os dois se reuniram ontem em um hotel na capital federal.
Segundo aliados, Lula demonstrou preocupação com os pedidos
de impeachment contra a presidente, principalmente o que foi reapresentado pelo
advogado e fundador do PT Hélio Bicudo. Na quinta-feira (17), o presidente da
Câmara abriu seu gabinete para o ato que marcou a chegada do pedido na Câmara.
Rompido como o governo desde julho, Cunha é o responsável
direto por decidir sobre a abertura ou não de um processo de afastamento de
Dilma pelo Legislativo.
A reportagem apurou que Lula também pediria que o
peemedebista colaborasse na aprovação do novo pacote de ajuste fiscal proposto
pelo governo e segurasse os pedidos de impeachment contra Dilma.
Cunha tem se afastado cada vez mais do Planalto desde que a
Procuradoria-Geral da República (PGR) o denunciou ao Supremo Tribunal Federal
(STF) por corrupção e lavagem de dinheiro na esteira da Operação Lava Jato, que
investiga o esquema de corrupção da Petrobras. O peemedebista diz que o governo
está por trás das acusações.
Ainda de acordo com aliados, o ex-presidente pediria a
colaboração de Cunha também para a sessão de terça-feira (22), quando o
Congresso vai analisar os vetos presidenciais das chamadas “pautas-bomba”, que
podem onerar ainda mais as contas da União em um período de ajuste.
Viagens
Além das reuniões, Lula vai tentar ajudar Dilma com viagens
pelo Brasil. secretário de Comunicação do PT, Alberto Cantalice, afirmou ontem
que o comando do partido se reunirá com o ex-presidente para agendar suas
viagens pelo país em defesa do governo federal.
Lula fará uma defesa enfática da política econômica adotada
no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, embora não concorde com as
medidas. “Isso é que esperamos dele”, disse Cantalice.
Fonte: Jornal Opopular
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