Chamou a atenção da Polícia Federal o alto poder aquisitivo
dos integrantes da quadrilha. Sem citar nomes, a PF informou que são
empresários de classe alta, donos de empresas idôneas, com nome e negócios no
mercado formal e que atuavam, paralelamente, na ilegalidade.
O ecstasy que a quadrilha fabrica é genérico, feitos com
clobenzorex (substância estimulante) e cafeína. Já a droga sintética original é
feita de metilenodioximetanfetamina (MDMA). A PF informou que a quadrilha
comprava o clobenzorex e a cafeína em Foz do Iguaçu (PR). O produto
provavelmente entra no Brasil via Paraguai.
A mistura dos estimulantes com o éter e a acetona, para a
produção de ecstasy e rebite, era feita em laboratórios clandestinos em
Goiânia, Luziânia e Porangatu. De acordo com a contabilidade encontrada, em
oito meses, apenas um dos laboratórios gerenciados pela organização movimentou
cerca de R$ 240 milhões.
O superintendente da PF em Goiás, delegado Umberto Ramos
Rodrigues, informou que a investigação apurou um esquema econômico organizado
para o tráfico, envolvendo farmácias, laboratórios e vendedores. A droga era
comercializada por vendedores que ganharam da quadrilha veículos de luxo. De
acordo com a investigação, motoristas de empresas de transporte interestadual
também participavam do esquema.
Em apenas um dos laboratórios a polícia encontrou 800 mil
comprimidos de droga sintética, quantidade superior ao total apreendido durante
todo o ano pela PF. Além do ecstasy, o esquema de venda de produtos químicos
também serviria à fabricação de cocaína. Os envolvidos estão sendo indiciados
por tráfico de drogas, falsidade ideológica e tráfico de produtos químicos para
a produção de drogas.
28/08/2105
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