domingo, 30 de agosto de 2015

Farmacias e laboratórios eram usados para tráfico de drogas no entorno de Goiás


Integrantes têm alto poder aquisitivo
Chamou a atenção da Polícia Federal o alto poder aquisitivo dos integrantes da quadrilha. Sem citar nomes, a PF informou que são empresários de classe alta, donos de empresas idôneas, com nome e negócios no mercado formal e que atuavam, paralelamente, na ilegalidade.
O ecstasy que a quadrilha fabrica é genérico, feitos com clobenzorex (substância estimulante) e cafeína. Já a droga sintética original é feita de metilenodioximetanfetamina (MDMA). A PF informou que a quadrilha comprava o clobenzorex e a cafeína em Foz do Iguaçu (PR). O produto provavelmente entra no Brasil via Paraguai.
A mistura dos estimulantes com o éter e a acetona, para a produção de ecstasy e rebite, era feita em laboratórios clandestinos em Goiânia, Luziânia e Porangatu. De acordo com a contabilidade encontrada, em oito meses, apenas um dos laboratórios gerenciados pela organização movimentou cerca de R$ 240 milhões.
O superintendente da PF em Goiás, delegado Umberto Ramos Rodrigues, informou que a investigação apurou um esquema econômico organizado para o tráfico, envolvendo farmácias, laboratórios e vendedores. A droga era comercializada por vendedores que ganharam da quadrilha veículos de luxo. De acordo com a investigação, motoristas de empresas de transporte interestadual também participavam do esquema.
Em apenas um dos laboratórios a polícia encontrou 800 mil comprimidos de droga sintética, quantidade superior ao total apreendido durante todo o ano pela PF. Além do ecstasy, o esquema de venda de produtos químicos também serviria à fabricação de cocaína. Os envolvidos estão sendo indiciados por tráfico de drogas, falsidade ideológica e tráfico de produtos químicos para a produção de drogas.



28/08/2105




Nenhum comentário: