Motoristas param em locais proibidos, atrapalhando o
trânsito em Luziânia. Em alguns casos, passageiros podem ficar feridos em
acidentes ou até serem assaltados.
Passageiros fazem fila para entrarem em carros e vans de
transporte clandestino em Goiás
Dezenas de pessoas fazem fila diariamente para esperar por
carros e vans que fazem transporte clandestino em Luziânia, no Entorno do
Distrito Federal. Os motoristas param em locais proibidos e, algumas vezes,
provocam se envolvem em acidentes, deixando, inclusive, passageiros feridos.
As pessoas aguardam em um ponto fixo da BR-040, a cerca de
25 km de Brasília. Em 30 minutos xx veículos foram flagrados fazendo esse tipo
de transporte. Carros e vans param em locais que atrapalham o trânsito e pegam
os passageiros, que pagam diferentes valores pelo percurso. “Todos os dias, se
você vier, todo o dia vai ter muita gente para pagar o [transporte] pirata”,
disse a vigilante Sheila Carvalho de Souza.
O serviço clandestino não oferece nenhuma segurança ao
passageiro, pois não é legalizado. Mesmo assim, as pessoas que se arriscam
nesse tipo de transporte não se importam em pagar para ser levado em carros e
vans cheios. “O valor é indiferente, a diferença é muito pouca. A questão é a
própria qualidade do serviço público, que é precário”, disse Anderson Caixeta.
A insegurança pode atingir tanto os passageiros quanto os
donos dos veículos, já que ninguém sabe a identidade um do outro. Um motorista
chegou a ser surpreendido por dois menores, que anunciaram o assalto assim que
embarcaram no carro. Eles roubaram objetos dos passageiros e levaram o veículo,
que foi encontrado incendiado.
“É um risco a utilização do transporte clandestino, porque o
passageiro não sabe quem é o motorista, não sabe a procedência, os antecedentes
do motorista que está oferecendo o transporte clandestino e, por essa razão, o
passageiro pode ser vítima de um crime”, disse o delegado Rodrigo Mendes.
Como as pessoas não denunciam o transporte coletivo, a
Polícia Civil tem dificuldades para combater essa prática. “O passageiro não
quer colaborar. Até porque, de certa fora, ele é conivente com esse tipo de
crime. Por essa falta de política pública e de um transporte adequado, o
passageiro acaba padecendo e se valendo do irregular, o que a polícia não
recomenda”, concluiu o delegado.
À TV Anhanguera, a Agência Nacional de Transportes
Terrestres informou que faz operações em conjunto com a Polícia Rodoviária
Federal e que apreendeu, só nessa região, mais de 500 veículos de transporte
irregular no ano passado.
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