quinta-feira, 1 de junho de 2017

PRF e ANTT fazem ação para combater motoristas irregulares em Luziânia

Motoristas param em locais proibidos, atrapalhando o trânsito em Luziânia. Em alguns casos, passageiros podem ficar feridos em acidentes ou até serem assaltados.
Passageiros fazem fila para entrarem em carros e vans de transporte clandestino em Goiás
Dezenas de pessoas fazem fila diariamente para esperar por carros e vans que fazem transporte clandestino em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Os motoristas param em locais proibidos e, algumas vezes, provocam se envolvem em acidentes, deixando, inclusive, passageiros feridos.

As pessoas aguardam em um ponto fixo da BR-040, a cerca de 25 km de Brasília. Em 30 minutos xx veículos foram flagrados fazendo esse tipo de transporte. Carros e vans param em locais que atrapalham o trânsito e pegam os passageiros, que pagam diferentes valores pelo percurso. “Todos os dias, se você vier, todo o dia vai ter muita gente para pagar o [transporte] pirata”, disse a vigilante Sheila Carvalho de Souza.

O serviço clandestino não oferece nenhuma segurança ao passageiro, pois não é legalizado. Mesmo assim, as pessoas que se arriscam nesse tipo de transporte não se importam em pagar para ser levado em carros e vans cheios. “O valor é indiferente, a diferença é muito pouca. A questão é a própria qualidade do serviço público, que é precário”, disse Anderson Caixeta.

A insegurança pode atingir tanto os passageiros quanto os donos dos veículos, já que ninguém sabe a identidade um do outro. Um motorista chegou a ser surpreendido por dois menores, que anunciaram o assalto assim que embarcaram no carro. Eles roubaram objetos dos passageiros e levaram o veículo, que foi encontrado incendiado.

“É um risco a utilização do transporte clandestino, porque o passageiro não sabe quem é o motorista, não sabe a procedência, os antecedentes do motorista que está oferecendo o transporte clandestino e, por essa razão, o passageiro pode ser vítima de um crime”, disse o delegado Rodrigo Mendes.

Como as pessoas não denunciam o transporte coletivo, a Polícia Civil tem dificuldades para combater essa prática. “O passageiro não quer colaborar. Até porque, de certa fora, ele é conivente com esse tipo de crime. Por essa falta de política pública e de um transporte adequado, o passageiro acaba padecendo e se valendo do irregular, o que a polícia não recomenda”, concluiu o delegado.

À TV Anhanguera, a Agência Nacional de Transportes Terrestres informou que faz operações em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal e que apreendeu, só nessa região, mais de 500 veículos de transporte irregular no ano passado.

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