quinta-feira, 16 de março de 2017

Família recorre de decisão que tira nome de policial de processo civil

Juiz considerou que, por se tratar de um servidor da Polícia Civil, o Estado é quem deve arcar com a indenização, e não policial que disparou o tiro que acertou o menino 


A defesa da família do menino baleado por um policial civil na BR-070 entrou com recurso, nesta quinta-feira (16/3), contra a decisão do juiz Jansen Fialho, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, que retirou o nome de Silvio Moreira Rosa, 54 anos, do processo civil por ter atirado no garoto. Também foi indeferido o pedido de antecipação de tutela. De acordo com a advogada da família, Karolyne Guimarães, o recurso está nas mãos do desembargador Sandoval de Oliveira, da 2ª Turma Cível, e a previsão é de que até sexta-feira (17) saia nova determinação.


O juiz considerou que, como o policial estava fardado no momento que disparou e usou a arma da corporação para atirar contra o veículo, a responsabilidade pelo pagamento da indenização deve recair sobre o Estado.


A mãe de Luís Guilherme, 6, Paula Caxias, também advogada, indignou-se com a decisão, publicada na segunda-feira (13/3). “Essa decisão me matou. Vem alguém e comete uma coisa dessas com teu filho e aí vem um juiz e tira a tua chance de fazer ele pagar por isso. Ele vai responder criminalmente ainda? Vai. Mas, por que ele não vai responder civilmente? Por que que eu não posso de ter o meu direito de punir a pessoa que fez isso com a vida do meu filho em todas as esferas? E olha que o que ele tem para ser punido civilmente cobre o quê? Não cobre nada", diz.


Memória

  • O menino foi baleado em 6 de janeiro, na altura do Km 35 da BR-070. O carro da família teria ultrapassado a fila de automóveis parados, formados por uma obra na rodovia. A manobra desagradou Sílvio Moreira, que disparou três vezes contra o veículo, atingindo as costas da criança, que estava na parte de trás do veículo, em uma cadeirinha infantil.
O agente fugiu em direção a Águas Lindas (GO), mas acabou preso logo em seguida. Ele alegou que atirou porque acreditava se tratar de um assalto. Por segurança, Sílvio está preso na Divisão Estadual de Investigações de Homicídios, em Goiânia, e responderá por tripla tentativa de homicídio.


Da Redação com informação Correio Brasiliense

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