quarta-feira, 8 de junho de 2016

Polícia investiga denúncia de estupro coletivo de menina de 11 anos

O caso aconteceu na última sexta-feira (3/6), mas só chegou ao conhecimento das autoridades policiais nesta terça (7/6). A vítima teria sido dopada por outros três colegas
A Polícia Civil investiga o suposto estupro coletivo de uma menina de 13 anos em uma festa junina na Paróquia Imaculado Coração de Maria, no Park Way, área nobre do Distrito Federal. O caso aconteceu na última sexta-feira (3/6), mas só chegou ao conhecimento das autoridades policiais nesta terça (7/6). A vítima teria sido dopada por outros três colegas, também adolescentes, e acordou na casa de uma amiga que contou o ocorrido.

A denúncia veio à tona após um médico que atendeu a família denunciar o caso nas redes sociais sem citar o nome dos envolvidos. Ele contou, em uma postagem que teve mais de 3.280 compartilhamentos, que atendeu a menina e o pai às 5h do dia seguinte. Na história, há discrepâncias enquanto a idade da garota, que é descrita como tendo 11 anos. O profissional relatou o choque que sentiu ao se deparar com a história.

“Ontem por volta das 17h uma garota de onze anos (onze anos!) estava numa festa com colegas de escola. Sem se dar conta, foi intoxicada com o flunitrazepam e repetidamente estuprada. Eu, sonolento, de cabelo bagunçado, por volta das 5h da manhã de hoje, no meu plantão fazendo um trabalho muitas vezes repetitivo que é o de pronto-socorro pediátrico. Nossas histórias se cruzam”, recordou.

O profissional continua com o relato. Ele conta que tentou se lembrar dos procedimentos técnicos para atender o caso, mas que a teoria não era suficiente para lidar com o problema. “Percebo que na prática eu precisava de mais informações pra fazer aquele atendimento bem-feito. Precisava de muito mais que o protocolo médico me ensina. A teoria foi pouco. Precisava achar uma palavra de consolo pra dizer. Amor, esperança, sei lá. Precisava dizer algo positivo para aquela criança”, postou.

Posteriormente à consulta, a direção da escola onde a vítima estudava tomou conhecimento do fato ao conversar com os parentes dela. Só então o caso foi registrado na Delegacia da Criança e do Adolescente de Taguatinga (DCA II). A vítima teria tomado, sem saber, a droga Rohypnol, e não se lembra do que aconteceu.

Uma amiga que estava com a adolescente abusada relatou aos policiais que elas bebiam e um grupo de estudantes de outro colégio se juntou a elas. A vítima, por sua vez, contou que bebia e, em um dado momento, perdeu os sentidos e não se lembra mais de nada. Ela teria ingerido, sem saber, a droga Rohypnol, a mesma usada no golpe conhecido como “boa noite Cinderela”.

Consta na ocorrência que, quando a menina acordou, ouviu da amiga que os jovens que se misturaram ao grupo delas, colocaram drogas na bebida para deixá-la dopada e, assim “praticarem ato libidinoso com a vítima”. Após o Rohypnol fazer efeito, eles teriam passado as mãos nas partes íntimas da garota.


Responsável pela paróquia, o Diácono Abraão Neto se disse surpreso com a situação e garante que a ação não ocorreu dentro da igreja. “Na festa não tem como isso ter existido.  Tínhamos seguranças contratados, duas viaturas da polícia militar e até o Departamento de Estradas e Rodagens que fazia o controle do trânsito, é inviável que ninguém tenha visto”, afirmou. Ele alega que nenhum comunicado oficial chegou a ele, mas que está a disposição para contribuir com as investigações.

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