Os exames que passam a integrar o Rol de Procedimentos e
Eventos em Saúde, lista de cobertura obrigatória pelos planos, são o PCR
(Polymerase Chain Reaction) e os testes sorológicos IgM e IgG
Agência Estado
06/06/2016
A partir de 6 de julho, os planos de saúde estarão obrigados
a oferecer aos seus clientes três exames para detecção do vírus zika. A
determinação consta de norma da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (6/6). A agência
estabeleceu prazo de 30 dias para que as operadoras de planos de saúde
organizem suas redes de atendimento e de laboratórios e comecem a oferecer o
procedimento.
Os exames que passam a integrar o Rol de Procedimentos e
Eventos em Saúde, lista de cobertura obrigatória pelos planos, são o PCR
(Polymerase Chain Reaction) e os testes sorológicos IgM e IgG. O PCR serve para
detectar o vírus nos primeiros dias da doença e é recomendado para gestantes
que apresentem sintomas de zika, mas no máximo cinco dias após o surgimento dos
primeiros sinais da doença.
O IgM identifica anticorpos na corrente sanguínea e é
recomendado para gestantes com ou sem sintomas da doença nas primeiras semanas
de gestação (pré-natal), com repetição desse procedimento ao final do 2.º
trimestre da gravidez, para bebês filhos de mães com diagnóstico de infecção
pelo vírus zika e para recém-nascidos com malformação congênita sugestiva de
infecção pelo vírus.
O IgG serve para verificar se a pessoa já teve contato com o
vírus da zika em algum momento da vida e é recomendado para gestantes ou
recém-nascidos que realizaram pesquisa de anticorpos IgM cujo resultado foi
positivo.
Esses exames deverão ser assegurados para gestantes, bebês
filhos de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus e recém-nascidos com má-formação
congênita sugestivas de infecção pelo zika. Esses são os grupos considerados
prioritários para detecção de zika devido ao risco de microcefalia, quando o
cérebro da pessoa não se desenvolve de maneira adequada.
"A ANS realizou de forma extraordinária a revisão do
rol de procedimentos para incorporação desses testes por se tratar de uma
emergência em saúde pública decretada pela Organização Mundial da Saúde",
afirmou a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Karla Coelho.
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