segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Parabéns Luziânia pelos seus 269 anos

Casarão DJ. Oliveira na Rua do Rosário
 Artista de renome internacional, responsável pela formação de grandes artistas do circuito nacional de pintura, dentre eles, Siron Franco, Ana Maria Pacheco, Hoosevelt de Oliveira, Grace Freitas e tantas outros. D.J chegou em Luziânia por volta de 1973, residiu em um sobrado na rua José de Melo, e logo mudou-se para a tradicional rua do Rosário. O Casarão de portais de aroeira, foi lugar de intensa produção e pesquisa artística, dali sai o projeto e a confecção do "Painel 

Três Bicas", obra em azulejos vitrificados, que faz referencia a paisagem histórica de Luziânia e ao urbanismo moderno. O painel considerado primeira obra de arte pública na cidade e que mesmo carecendo de restauro, com marcas de depredação, ornamenta a praça Raimundo de Araujo Melo, no centro de Luziânia. A praça recebe grande numero de visitantes, moradores da cidade, e logo tornou-se ponto de encontro e fruição da arte do renomado artista.

 O Atelier do D.J de Oliveira foi local de encontro de artistas, jornalistas, acadêmicos e apreciadores da arte. O pintor foi integrante da Academia de Artes e Letras do Planalto, instituição criada para salvaguarda dos registros históricos de Luziânia, tendo em vista seus pilares e acervo histórico se encontrarem ameaçados pela onda destruidora da "nova civilização" que chegaria ao Planalto Central, com a construção da moderna e arrojada capital, Brasilia. 

Na Academia, D. J. fundou uma galeria de arte que leva o seu nome. Um valioso acervo de suas pinturas foram exibidas nesta galeria, quadros de grande dimensões, com temas que variavam do Don Quixote a outras produções. Em pouco tempo, logo após o fatídico da morte do pintor, em 23 de setembro de 2005, os quadros foram substituídos por outros de menores dimensões, com temas de frutas e flores, da sua ultima produção, e que aos poucos foram negociados por um de seus filhos, e esvaziando assim o acervo do artista.D.J influenciou sobremaneira o ambiente cultural e artístico de Luziãnia, abrindo a possibilidade de um valioso capo de pesquisa que vincula arte e cidade, urbanismo tradicional e moderno com implicações na arte contemporânea. 

O casarão foi tema de intensa movimentação politica no sentido de buscar soluções para sua restauração e revitalização, com a possibilidade de transformá-lo em um museu de arte, com oficinas e projetos voltados a juventude de Luziânia, que por sinal muito sofre com os altos índices de violência urbana. A negociação da aquisição do casarão pelo município de Luziânia se tornou  mera especulação e estratégias de campanha, pois enquanto uma solução pratica e objetiva aconteça nos bastidores das instituições responsáveis pelo preservação do patrimônio histórico e artístico nacional, o casarão vai degradando-se aos poucos, como na foto, sem as partes da parede frontal, expondo moveis e objetos do pintor e que, em pouco tempo vai s

e tornar num amontoado de madeiras e adobes.
Assim a memória daqueles que construíram a nossa história hoje se tornam peças descartáveis, nas imagens do descaso e do abandono.

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