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Casarão DJ. Oliveira na Rua do Rosário |
Três Bicas", obra em azulejos
vitrificados, que faz referencia a paisagem histórica de Luziânia e ao
urbanismo moderno. O painel considerado primeira obra de arte pública na cidade
e que mesmo carecendo de restauro, com marcas de depredação, ornamenta a praça
Raimundo de Araujo Melo, no centro de Luziânia. A praça recebe grande numero de
visitantes, moradores da cidade, e logo tornou-se ponto de encontro e fruição
da arte do renomado artista.
O Atelier do D.J de Oliveira foi local de encontro
de artistas, jornalistas, acadêmicos e apreciadores da arte. O pintor foi
integrante da Academia de Artes e Letras do Planalto, instituição criada para salvaguarda
dos registros históricos de Luziânia, tendo em vista seus pilares e acervo
histórico se encontrarem ameaçados pela onda destruidora da "nova
civilização" que chegaria ao Planalto Central, com a construção da moderna
e arrojada capital, Brasilia.
Na Academia, D. J. fundou uma galeria de arte que
leva o seu nome. Um valioso acervo de suas pinturas foram exibidas nesta
galeria, quadros de grande dimensões, com temas que variavam do Don Quixote a
outras produções. Em pouco tempo, logo após o fatídico da morte do pintor, em
23 de setembro de 2005, os quadros foram substituídos por outros de menores
dimensões, com temas de frutas e flores, da sua ultima produção, e que aos
poucos foram negociados por um de seus filhos, e esvaziando assim o acervo do
artista.D.J influenciou sobremaneira o ambiente cultural e artístico de
Luziãnia, abrindo a possibilidade de um valioso capo de pesquisa que vincula
arte e cidade, urbanismo tradicional e moderno com implicações na arte
contemporânea.
O casarão foi tema de intensa movimentação politica no sentido
de buscar soluções para sua restauração e revitalização, com a possibilidade de
transformá-lo em um museu de arte, com oficinas e projetos voltados a juventude
de Luziânia, que por sinal muito sofre com os altos índices de violência
urbana. A negociação da aquisição do casarão pelo município de Luziânia se
tornou mera especulação e estratégias de
campanha, pois enquanto uma solução pratica e objetiva aconteça nos bastidores
das instituições responsáveis pelo preservação do patrimônio histórico e
artístico nacional, o casarão vai degradando-se aos poucos, como na foto, sem
as partes da parede frontal, expondo moveis e objetos do pintor e que, em pouco
tempo vai s
Assim a memória
daqueles que construíram a nossa história hoje se tornam peças descartáveis,
nas imagens do descaso e do abandono.
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