sábado, 12 de setembro de 2015

MP denuncia secretários por improbidade administrativa em Cristalina-GO

MP denuncia secretários por prejuízo de R$ 6 mi a fundo de previdência
Cerca de 1,3 mil servidores foram afetados pela fraude, em Cristalina.
Irregularidades foram praticadas de janeiro de 2011 a dezembro de 2013.

 Ministério Público de Goiás(MP-GO) denuncia prejuízo de mais de R$ 6 milhões no Regime Próprio de Previdência e Assistência Social dos Servidores Públicos Municipais de Cristalina (Funcristal), no Entorno Distrito Federal. Por causa do dano, o órgão propôs uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra dois secretários municipais e um servidor público.
A promotoria pede, liminarmente, a indisponibilidade de bens e de afastamento de cargo público dos suspeitos. Segundo o órgão, as irregularidades na administração do fundo previdenciário aconteceram de janeiro de 2011 a dezembro de 2013.
Na ação, o Ministério Público aponta como responsáveis pelo crime a atual secretária de Assistência e Promoção Social, Rosimaire Attiê, que foi ex-gestora do Funcristal, o secretário de Finanças e tesoureiro do fundo, José Carlos Andrade, e o presidente do conselho da entidade, Luciano Rogério Fernandes.
Cerca de 1,3 mil servidores do município foram afetados pela fraude. As investigações mostram que os recursos do Funcristal foram aplicados em operações que tinham baixo rendimento, contrariando as regras do Conselho Monetário Nacional. Além disso, o MP afirma que foram repassados R$ 100 mil do fundo para a prefeitura, o que é proibido.
A Prefeitura de Cristalina defende os suspeitos. “O Luciano sequer responde inquérito sobre a matéria, o Ministério Público faltou com a verdade. Com relação à Rosimaire e José Carlos, ambos fizeram investimentos em títulos cuja a certificação era pela Câmera de Valores Imobiliários pelo Banco Central”, disse o assessor jurídico da prefeitura, Paulo Goyaz.
Se os denunciados forem condenados pela Justiça, podem pagar multa, ter os direitos políticos suspensos por até cinco anos e ainda devolver os dinheiro desviado aos cofres públicos.
Prefeito
Apesar de não haver uma ação contra o prefeito, Luiz Carlos Attie (PSD), ele também foi citado no documento por receber dinheiro de uma empresa de consultoria que prestava serviços ao Funcristal. No documento, o órgão afirma que servidores denunciaram que a companhia, que tinha a função de indicar aplicações de maior rentabilidade, pagou R$ 140 mil ao administrador municipal como comissão pelo contrato. A promotoria ainda investiga esse caso.

O assessor jurídico da prefeitura nega que houve o pagamento. “O prefeito não conhece algumas das pessoas ali citadas. Nunca viu. Segundo, que ele nunca recebeu qualquer bem financeiro ou material de qualquer pessoa em face do cargo que ele exerce. Ele tem certidão de nada consta do Tribunal Regional Federal que diz que, sequer, ele responde a inquérito perante aquele tribunal”, disse.




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