Recentemente, a rodovia foi privatizada e está sob domínio da Via 40. A concessionária afirma que a responsabilidade é do município de Luziânia (GO)
17/07/2015 Materia do Correio Brasilience
Mariana Laboissière
Motoristas que passam pela BR-040 durante a noite entre o
trecho próximo à cidade de Luziânia (GO) e de Valparaíso (GO) – no Entorno do
DF – reclamam da falta de iluminação no canteiro central da rodovia, o que
traria risco às pessoas, principalmente àquelas que tentam atravessar pelo
local nesse período. Embora haja vários postes de iluminação nos dois sentidos
da via, eles têm ficado desligados.
“Nesta semana, vi três pessoas quase sendo atropeladas. Com
o local totalmente escuro, é difícil enxergar os pedestres. Tenho passado por
ali nos últimos dias para visitar parentes em Luziânia, e até agora não foi
feito nada a respeito”, contou o técnico de enfermagem Eduardo França, 52 anos,
morador do Gama. Ele observou falta de iluminação a partir do Km 16 da via.
Recentemente, a rodovia, que liga o Distrito Federal ao Rio
de Janeiro, foi privatizada e está sob domínio da Via 40, empresa do Grupo
Invepar. Mas, segundo informações da Assessoria de Imprensa da entidade, a
organização não tem responsabilidade sobre a iluminação do trecho.
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Por meio de nota, a Via 40 acrescentou “Com relação aos
sistemas elétricos e de iluminação instalados na rodovia no período anterior à
concessão, cabe esclarecer que permanecem sob responsabilidade dos municípios.”
Um dos centros populacionais mais prejudicados com a falta
de energia é o Jardim Ingá, que faz parte da região de Luziânia. O Correio
tentou contato telefônico ao longo da manhã com representantes da prefeitura do
município, mas nenhum assessor de imprensa ou porta-voz foi encontrado para
falar sobre o problema.
O administrador do Jardim Ingá, Marcelo de Oliveira Caixeta,
confirmou que a energia foi cortada em um trecho de aproximadamente 20km da
BR-040. Segundo ele, as contas de energia estão pendentes, mas o município não
pode pagar por elas. “Não temos competência legal para fazer esses pagamentos
porque a região foi privatizada. Isso foi dito pelo Tribunal de Contas do
estado”, argumentou. “Além disso, o custo para manutenção desse trecho gira em
torno de R$ 500 mil a R$ 600 mil.”
Ainda segundo Caixeta, recentemente representantes do
município estiveram na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para
tratar sobre a questão, mas havia um impasse sobre quem seria o responsável.
“Eles (concessionária) tinham um projeto de iluminação para percurso, com
lâmpadas econômicas e tudo mais, mas isso ainda não tinha sido resolvido, visto
que havia também a discussão de se aumentar o pedágio caso a empresa tivesse
que pagar a conta”, revelou.
A reportagem entrou em contato com a ANTT, mas até o
fechamento desta edição não tinha recebido resposta da Assessoria de Imprensa
da autarquia, que estava levantando informações sobre o caso. O Governo de
Goiás também foi contactado e irá averiguar a situação.
Fonte:correiobraziliense.com
Fonte:correiobraziliense.com
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