Mais de 16 mil pacientes foram infectados entre janeiro e a
última segunda.
Foram notificados 27 casos de dengue grave; treze pessoas
morreram.
Mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya,
zika e febre amarela (Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília)
O Distrito Federal registrou 351 novos casos confirmados de
dengue entre os dias 20 e 27 deste mês, segundo relatório divulgado pela Secretaria
de Saúde nesta quarta-feira (29). O número inclui casos que ocorreram alguns
dias antes, mas ainda não tinham sido informados ao governo.
Desde janeiro, 16.038 pacientes que moram no DF foram
infectados com a doença transmitida pelo Aedes aegypti. O número é 83,9% maior
que os 8.720 casos confirmados no ano anterior. Além da dengue, o mosquito
também é vetor de chikungunya, zika e febre amarela.
Dos casos confirmados , 27 foram classificados como dengue
grave e 13 resultaram em mortes. As regiões administrativas com o maior número
de casos são Brazlândia, Ceilândia, São Sebastião, Planaltina, Samambaia e
Taguatinga. Ao todo elas representam 57% das notificações no DF.
No Entorno, as cidades com maior número de ocorrências da
doença são Águas Lindas de Goiás (1.007), Luziânia, (300), Padre Bernardo
(185), Cidade Ocidental (168) e Santo Antônio do Descoberto (104).
De acordo com o boletim, 56% dos casos do DF ocorrem em pacientes
entre 20 e 49 anos, seguido por pessoas menores de 1 até 19 anos (26%), e acima
de 50 anos (18%). Quatro por cento das ocorrências foram registradas em
crianças menores de cinco anos.
O boletim também indica que, em seis meses, foram
registrados 829 casos confirmados da febre chikungunya. As regiões que
concentram o maior número de notificações da doença são Ceilândia, Taguatinga,
Samambaia, Gama e Asa Norte. As cinco localidades representam 52% das
ocorrências da doença na capital.
A Secretaria de Saúde também informou o registro de 863
casos do vírus da zika no DF. Taguatinga, Asa Norte, Águas Claras, Lago Norte e
Asa Sul são responsáveis por 43,60% das ocorrências da doença no DF. De
dezembro de 2015 até 27 de junho desse ano foram notificados 34 casos de zika
vírus em gestantes, dos quais 14 tiveram bebês sem problemas relacionadas à
doença.
A febre chikungunya é uma doença viral com sintomas
parecidos com a dengue e transmitida pelos mesmos mosquitos, os Aedes aegypti e
o albopictus. Entre eles estão dores fortes, principalmente, nas articulações,
de cabeça e musculares, manchas vermelhas na pele e febre repentina e intensa,
acima de 39 °C.
A recomendação em ambos os casos é de repouso absoluto e
ingestão de líquidos em abundância. A automedicação é perigosa, porque pode
mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro da doença.
Como ainda não existe vacina contra o vírus, o melhor método
de prevenção está no combate à proliferação dos mosquitos transmissores. As
recomendações são as mesmas já conhecidas para o combate à dengue: evitar água
parada em baldes, vasos de plantas, ralos e outros recipientes.
Já a zika é caracterizada por manchas, mesmo com ausência de
febre. "Podem vir aquelas manchas vermelhas pelo corpo e olhos vermelhos
mesmo sem ter febre. O problema é que, apesar da pouca mortalidade, se a pessoa
contrair durante o período que está grávida pode dar problemas na
criança", diz a médica infectologista Rita Uchoa.
Fonte: G1
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