O plenário do Senado aprovou hoje (4) projeto do senador
Roberto Requião (PMDB-PR) regulamentando o direito de resposta nos meios de
comunicação, mas exclui os comentários feitos por usuários da internet nas páginas
eletrônicas dos veículos de comunicação social.
O texto determina o direito de resposta à pessoa (física ou
jurídica) ofendida por qualquer reportagem, nota ou notícia “divulgada por
veículo de comunicação social, independentemente do meio ou plataforma de
distribuição, publicação ou transmissão que utilize, cujo conteúdo atente,
ainda que por equívoco de informação, contra a honra, intimidade, reputação,
conceito, nome, marca ou imagem”.
De acordo com a proposta, a resposta poderá ser divulgada, publicada
ou transmitida no mesmo espaço, dia da semana e horário em que ocorreu o agravo
e deverá ser exercida no prazo de 60 dias, “contados da data de cada
divulgação, publicação ou transmissão da matéria ofensiva”.
Os senadores retiraram do texto uma modificação da Câmara,
estabelecendo que a resposta seria divulgada por um representante do meio de
comunicação e retomaram o texto original, que permite ao ofendido, no caso de
veículo de mídia televisiva ou radiofônica, requerer o direito de responder ou
fazer a retificação pessoalmente.
Desse modo, se ganhar na Justiça o direito de resposta, o
ofendido poderá gravar vídeo, áudio ou mesmo ocupar a bancada de um telejornal
para ler sua resposta.
Ao fim da votação, o senador Requião comemorou a aprovação e
dedicou a nova lei ao falecido senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC). “Só
quero oferecer este projeto à memória do senador Luiz Henrique da Silveira,
agredido, sem a menor possibilidade de resposta. Ele morreu magoado por não ter
tido o direito ao contraditório e o direito de defesa”, afirmou Requião.
O texto segue para sanção presidencial e, em seguida, para
publicação no Diário Oficial da União.
Nenhum comentário:
Postar um comentário